As rochas sedimentares e
magmáticas quando submetidas a condições de pressão e temperatura diferentes
das que presidiram à sua génese, podem sofrer deformação.
Assim, origina-se uma alteração
das rochas pela ação de forças de tensão exercidas sobre o material rochoso,
com origem na mobilidade da litosfera e no peso de camadas suprajacentes. De
acordo com a Teoria da Tectónica de Placas, a litosfera encontra-se fraturada
em placas, podendo estas convergir, divergir ou deslizar entre si estando as
rochas que as compõem sujeitas assim, a fortes estados de tensão.
A tensão é a força exercida por
unidade de área. Em resposta a um estado de tensão as rochas deformam-se,
podendo ocorrer a alteração de volume ou alteração da forma das rochas ou, como
é comum, alterar simultaneamente os seus volume e forma. As deformações mais comuns
apresentam-se sob o aspeto de dobras e falhas. As rochas estão sujeitas a
vários tipos de tensões – tensão de compressão, tensão de distensão e tensão de
cisalhamento.
Os materiais rochosos podem
apresentar diversos tipos de deformações em resposta às tensões que suportam.
Assim, as deformações podem ser elásticas, plásticas ou deformações por rutura.
As deformações elásticas são
proporcionais ao esforço aplicado e são deformações reversíveis, ou seja,
quando a força de tensão que provocou a deformação elástica é retirada, o
material rochoso volta ao seu estado inicial.
Quando o limite de elasticidade
das rochas é ultrapassado, estas entram em rutura ou passam a sofrer
deformações plásticas, que são irreversíveis, ficando o material rochoso
permanentemente deformado. São deformações contínuas, não se verificando
descontinuidade entre as partes contíguas do material deformado, tal como
acontece nas dobras.
Se o limite de plasticidade das
rochas for ultrapassado, estas passam a sofrer deformações por rutura. As
deformações por rutura são irreversíveis e descontínuas, pois não se verifica
continuidade entre as partes contíguas do material rochoso formado, tal como
acontece nas falhas.
Adaptado de: http://maisbiogeologia.blogspot.pt/2009/04/deformacao-das-rochas-falhas-e-dobras.html