quarta-feira, 13 de março de 2013

Formação das rochas sedimentares e respetiva classificação

As rochas sedimentares são um tipo de rochas compostas por sedimentos provenientes de outras rochas, ou até mesmo de si, que se formam à superfície ou perto dela, e que ocupam cerca de 75% da área dos continentes.
O processo de formação das rochas sedimentares implica dois processos fundamentais: 
  • Sedimentogénese - elaboração dos materiais que as vão constituir até à sua deposição.
  • Diagénese - evolução posterior dos sedimentos, conduzindo à formação de rochas consolidadas.

Formação das Rochas Sedimentares




Relativamente à origem dos seus sedimentos, as rochas sedimentares podem ser classificadas como: detríticas, quimiogénicas ou biogénicas
Rochas sedimentares detríticas – predominantemente constituídas pelos detritos de outras rochas, resultantes do processo de meteorização de outras rochas já existentes. As rochas sedimentares detríticas apresentam-se de duas formas, podendo ser:
  • não consolidadas, como depósitos de balastros, areias, siltes e argilas. 
  • consolidadas, formadas pela consolidação destes mesmos sedimentos detríticos por diagénese.


Rochas sedimentares quimiogénicasrochas originárias do processo de precipitação de minerais em solução. Neste grupo temos como exemplos, o calcário, o gesso e o sal-gema.

Rochas sedimentares biogénicassão rochas constituídas por sedimentos de origem biológica, resultantes de restos físicos de seres vivos ou da sua atividade. Exemplos: calcários biogénicos, os carvões e os produtos petrolíferos. 

  • Calcários biogénicos - Muitos organismos aquáticos fixam carbonatos. Após a morte, esses seres depositam-se no fundo do mar, formando um sedimento biogénico. A parte orgânica normalmente é decomposta e as conchas acabam por ser cimentadas, evoluindo para calcários consolidados.
    • Calcários conquíferos – formados pela acumulação de conchas e de moluscos, posteriormente cimentadas.

    •  Calcário recifal – formados a partir de recifes de coral.
  • Carvões - Forma-se em ambientes continentais pantanosos, ou zonas de difícil drenagem de água. Nestas zonas, a parte inferior dos musgos e outras plantas herbáceas transforma-se ou seja, dá-se uma decomposição lenta de tecidos lenhosos e celulose, devido à ação de microrganismos anaeróbios, num produto carbonoso, rico em matérias voláteis, chamado turfa. A evolução do carvão a partir da turfa designa-se por incarbonização e processa-se através dos estádios de lignito, carvão betuminoso e antracito.

  • Petróleo -Forma-se a partir de matéria orgânica de origem aquática. A morte dos organismos leva à deposição de matéria orgânica no fundo de um ambiente sedimentar onde sofre decomposição parcial, pelo facto de o ambiente ser anaeróbio ou de o material ser rapidamente coberto por sedimentos. A continuação da sedimentação leva ao afundimento da matéria orgânica que é sujeita ao aumento da temperatura e da pressão. As propriedades físicas e químicas da matéria orgânica vão sendo alteradas e esta é convertida em hidrocarbonetos líquidos, como o petróleo, alguns gasosos, como o gás natural e outros sólidos, como os betumes ou asfaltos.

Esta evolução ocorre na rocha-mãe, que é uma rocha de granulometria fina. A baixa densidade dos hidrocarbonetos faz com que migrem da rocha-mãe, acumulando-se numa rocha-armazém que é porosa e permeável. Sobre esta, existe outra rocha, pouco permeável, que impede a progressão do petróleo até à superfície, designando-se por rocha-cobertura. 
As armadilhas petrolíferas são assim, estruturas geológicas favoráveis à acumulação de petróleo, que impedem a sua migração até à superfície. 


Fontes: http://geowalkers.wordpress.com/2011/05/18/rochas-sedimentares/
           
            

sexta-feira, 8 de março de 2013

Propriedades dos minerais


Na identificação dos minerais, isto é, de corpos sólidos com estrutura cristalina, naturais, inorgânicos e com composição definida ou variável dentro de certos limites, recorre-se a um conjunto de propriedades químicas e físicas. O conhecimento destas propriedades, bem como da maneira prática das investigar, é bastante útil na sua identificação.


Propriedades físicasEstas são as propriedades mais divulgadas na identificação dos minerais, já que alguns ensaios químicos implicam custos muito elevados. As propriedades físicas mais comuns utilizadas para a identificação dos minerais são: cor, brilho, traço ou risca, dureza, clivagem e densidade.


Cor - A cor de um mineral deve ser observada numa superfície de fractura recente, à luz natural. A cor depende da absorção, pelos minerais, de certos comprimentos de onda do espectro solar quando este incide sobre eles.
Há minerais que apresentam sempre a mesma cor, qualquer que seja a amostra observada – minerais idiocromáticos – enquanto que outros, como o quartzo, podem apresentar diversas cores – minerais alocromáticos. 



Brilho - É o modo como o mineral reflete a luz natural em superfícies não alteradas. É hábito considerar dois tipos de brilho: metálico e não metálico. Por vezes usa-se o termo submetálico para designar o brilho de alguns minerais que têm brilho semelhante ao metálico, mas menos intenso.


Traço ou risca - O traço ou risca é a cor que um mineral apresenta quando reduzido a pó. Frequentemente a cor do traço de um mineral não coincide com a sua cor. No entanto, diferentes variedades da mesma espécie mineral exibem sempre traço com a mesma cor. Isto é, o traço é uma propriedade constante, enquanto que a cor pode ser uma propriedade variável.


Dureza - A dureza de um mineral é a resistência que ele oferece ao ser riscado por outro. A escala de dureza mais utilizada é a de Mohs, constituída por 10 termos.
A dureza de um mineral é igual à do mineral da escala, se se riscam mutuamente. Se o mineral em causa riscar determinado termo e não riscar o imediatamente a seguir, então a sua dureza estará compreendida entre os dois termos.



Clivagem - A clivagem é uma propriedade física de um mineral que consiste em dividi-lo, por aplicação de uma força, segundo superfícies planas e brilhantes, de direções bem definidas e constantes. Os planos de clivagem correspondem a superfícies de fraqueza da estrutura cristalina dos minerais. Alguns minerais apresentam clivagem fácil como, por exemplo, a calcite e as micas; outros dificilmente a manifestam.

Fratura - A fratura corresponde à desagregação em fragmentos com superfícies mais ao menos irregulares, sem direção privilegiada. Esta propriedade revela que todas as ligações são igualmente fortes, qualquer que seja a direção considerada.

Densidade - A densidade de um mineral depende da sua estrutura cristalina, nomeadamente da natureza dos seus constituintes e do seu arranjo, mais ou menos compacto.


Fonte: http://soraiabiogeo.blogs.sapo.pt/8804.html