As rochas sedimentares são um tipo de rochas compostas por sedimentos provenientes de outras rochas, ou até mesmo de si, que se formam à superfície ou perto dela, e que ocupam cerca de 75% da área dos continentes.
O processo de formação das rochas sedimentares implica dois processos fundamentais:
- Sedimentogénese - elaboração dos materiais que as vão constituir até à sua deposição.
- Diagénese - evolução posterior dos sedimentos, conduzindo à formação de rochas consolidadas.
Relativamente à origem dos seus sedimentos, as rochas sedimentares podem ser classificadas como: detríticas, quimiogénicas ou biogénicas
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Rochas sedimentares detríticas – predominantemente constituídas pelos detritos de outras rochas, resultantes do processo de meteorização de outras rochas já existentes. As rochas sedimentares detríticas apresentam-se de duas formas, podendo ser:
- não consolidadas, como depósitos de balastros, areias, siltes e argilas.
- consolidadas, formadas pela consolidação destes mesmos sedimentos detríticos por diagénese.
Rochas sedimentares quimiogénicas – rochas originárias do processo de precipitação de minerais em solução. Neste grupo temos como exemplos, o calcário, o gesso e o sal-gema.
Rochas sedimentares biogénicas – são rochas constituídas por sedimentos de origem biológica, resultantes de restos físicos de seres vivos ou da sua atividade. Exemplos: calcários biogénicos, os carvões e os produtos petrolíferos.
- Calcários biogénicos - Muitos organismos aquáticos fixam carbonatos. Após a morte, esses seres depositam-se no fundo do mar, formando um sedimento biogénico. A parte orgânica normalmente é decomposta e as conchas acabam por ser cimentadas, evoluindo para calcários consolidados.
- Calcários conquíferos – formados pela acumulação de conchas e de moluscos, posteriormente cimentadas.
- Calcário recifal – formados a partir de recifes de coral.
- Carvões - Forma-se em ambientes continentais pantanosos, ou zonas de difícil drenagem de água. Nestas zonas, a parte inferior dos musgos e outras plantas herbáceas transforma-se ou seja, dá-se uma decomposição lenta de tecidos lenhosos e celulose, devido à ação de microrganismos anaeróbios, num produto carbonoso, rico em matérias voláteis, chamado turfa. A evolução do carvão a partir da turfa designa-se por incarbonização e processa-se através dos estádios de lignito, carvão betuminoso e antracito.
- Petróleo -Forma-se a partir de matéria orgânica de origem aquática. A morte dos organismos leva à deposição de matéria orgânica no fundo de um ambiente sedimentar onde sofre decomposição parcial, pelo facto de o ambiente ser anaeróbio ou de o material ser rapidamente coberto por sedimentos. A continuação da sedimentação leva ao afundimento da matéria orgânica que é sujeita ao aumento da temperatura e da pressão. As propriedades físicas e químicas da matéria orgânica vão sendo alteradas e esta é convertida em hidrocarbonetos líquidos, como o petróleo, alguns gasosos, como o gás natural e outros sólidos, como os betumes ou asfaltos.
Esta evolução ocorre na rocha-mãe, que é uma rocha de granulometria fina. A baixa densidade dos hidrocarbonetos faz com que migrem da rocha-mãe, acumulando-se numa rocha-armazém que é porosa e permeável. Sobre esta, existe outra rocha, pouco permeável, que impede a progressão do petróleo até à superfície, designando-se por rocha-cobertura.
As armadilhas petrolíferas são assim, estruturas geológicas favoráveis à acumulação de petróleo, que impedem a sua migração até à superfície.
Fontes: http://geowalkers.wordpress.com/2011/05/18/rochas-sedimentares/